ESPETÁCULOS

foto: Renata Boniol
PÚBLICO GESTO PARTICULAR (2012)
Concepção: Corpo da Vez
Organização coreográfica: Ton Carbones
Trabalho de dramaturgia coreográfica fragmentada em diálogo com recurso audiovisual, que transita por sensações como violência, solidão, identidade e encontros. Traz à tona imagens e impressões que poderiam permanecer invisíveis.


foto: Fábio Cabeloduro
JARDIM DE PEQUENOS GESTOS (2011)
Coreografia: Corpo da Vez
Uma lente de aumento em pequenos detalhes, naquilo que por vezes passa despercebido - ações, imagens, sensações ou vontades. Atenção para o que é discreto e, por isso mesmo, repleto de essencialidade. Simplicidade e quietude preenchidas de ação e desejo. Qual o nosso verdadeiro tamanho diante de um universo de tão imensas proporções e dimensões? O espetáculo pretende dilatar suavidades, recriando cenicamente o que pode estar contido naquilo a que por vezes se dá pouca atenção. Existências e experiências quase invisíveis.

foto: Léo Oliveira


CHICO E MARIA (2009)
Coreografia: Ton Carbones e elenco
A partir de uma compilação de canções compostas por Chico Buarque e onde as vozes dele e de Maria Bethânia se encontram, diferentes relações se desenvolvem por meio de uma movimentação que não pretende descrever a trilha sonora, e sim partir de sua ambientação proposta com sensibilidade, delicadeza e intensidade.


fotos: Jonas Golfeto
SILENCIARAM (2008)
Coreografia: Ton Carbones e elenco
Quadros que trazem, por meio do movimento, a condição humana em tempo de solidão, desencontro e degradação. Os trabalhos exploram ambientes ácidos e densos, assim como a movimentação e ambientação criam uma atmosfera de constante tensão. Dançar uma humanidade partida, indivíduos em um coletivo agressivo, violento e por vezes cruel. No entanto, “Silenciaram”, como nome, apresenta-se propositadamente irônico. Porque mais do que remeter à impossibilidade de comunicação e à quietude dos que já foram silenciados, representa um grito de quem ainda pretende ir além.
  
foto: Olívia Orquiza
QUANDO... (2007)
Coreografia: Ton Carbones
Quando três corpos, com estímulos diferentes, se encontram e interagem. Levados pela música, os corpos presentes buscam e descobrem no outro um estímulo em comum. Quando as motivações de um interferem na movimentação do outro, quando a sintonia acontece sem que se perceba, quando é preciso estudar formas de composição coletiva... Metalinguística, a coreografia traz o movimento quando dança a respeito de si mesmo.






foto: Orlando Dantas
DEPOIS DELA, ELA (2007)
Coreografia: Ton Carbones
Um recorte da solidão por um dos muitos olhares femininos, focado aqui em um contexto específico: uma prostituta, depois. O depois. Várias mulheres nesta mulher. Quando a porta de casa se fecha e agora sim, no seu espaço, ela se reconhece. Sem julgamento, apenas olhar no espelho.


 
foto: Léo Oliveira

O CAMINHO DE JÓ (2007)
Coreografia: Orlando Dantas
Com base no texto bíblico “O livro de Jó”, a coreografia “O caminho de Jó”, traz na personagem do título um símbolo representativo de tantos outros homens. Questiona a existência, o sofrimento, a fé. Ferido por dentro e por fora, percorre um caminho longo e dolorido buscando compreender a inserção do homem nos mundos material e espiritual.



foto: Léo Oliveira
PARA QUATRO (2006)
Coreografia: Ton Carbones
Explora a movimentação inspirada pelo ritmo intenso e marcado do tango, explorando as possibilidades de relação entre quatro corpos que dialogam por meio do olhar e do encontro dos seus movimentos.







foto: Léo Oliveira
MANHÃ DE SOL (2006)
Coreografia: Ton Carbones
Uma banalidade, a ida à padaria, é vista por três pontos de vista distintos: o caminho simples e rotineiro para a compra do pãozinho pela manhã. Ou a mesma situação com inúmeras dificuldades pelo caminho. E, em seguida, levando ao extremo a estilização coreográfica dessa ação. A ida à padaria torna-se uma bem humorada - e patética - expedição pelas ruas da cidade, onde o gestual transforma-se continuamente em movimento coreográfico e vice-versa.


SILENCIARAM (2006)
Coreografia: Ton Carbones
foto: Léo Oliveira
Respiro, suspiro. Últimos. O último gesto, último som. A agonia de depois da perda. Vidas que vão em massa, vidas de filhos, crianças, povos, dos desconhecidos. O corpo reconstrói as partes sem vida e constrói sensações. O tempo depois do fim e o espaço límpido que guarda as histórias: tem algo de triste quando o dia amanhece calmo depois do tumulto. A coreografia transita com elementos como violência, explosões, arbitrariedades, espanto, inação: movimento. A perda repentina versus a angústia contínua. Há lirismo na morte?

foto: Léo Oliveira
IN PRESSÃO (2006)
Coreografia: Ton Carbones
Vontades bloqueadas, desejos reprimidos, atitudes criticadas, o que predomina é a sensação de incapacidade, de incompetência. Será que posso? Será que consigo? Momentos marcados pela não solução... isto partiu de mim ou de alguém? Em cena, uma neblina, causada pela fuga da realidade. O isqueiro é usado não para acender, mas para apagar. Corpos torcem-se em meio a cinzas de cigarros. In Pressão é o resultado da fragilidade aproveitada pelo poder, é o conflito do estar sendo abusada com o deixar ceder.

foto: Léo Oliveira
SÓNETO (2005)
Coreografia: Ton Carbones
Estar sozinho... ficar sozinho... e só!.... e... só! Movimentos que surgem por trás das sombras de uma luz, quase sem vida, quase sem foco... O sufoco de respirar um ar individualizado, onde a solidão é a companhia.






QUASE NÓS (2005)

foto: Nilton Viturino

Coreografia: Ton Carbones
A dependência que temos do outro, em quem jogamos nossas esperanças, anseios, fracassos. Duas pessoas, em espaços e situações diferentes, em busca do mesmo objetivo. Nestas idas e vindas, fecham-se os olhos, abrem-se abraços. Entregam-se. Ao se encontrarem, cegas pela busca, não se percebem. Deixam-se passar. O que procuram está tão próximo mas, sem ver, distanciam-se. Abre-se a esperança e o desejo de um dia... A presença de alguém ao seu redor, a presença do pronome Nós.

Nenhum comentário: